Saiba como um estilo de vida saudável pode aumentar as chances de uma gravidez bem-sucedida
Vários problemas podem estar atrapalhando um casal que não consegue engravidar. Disfunções ovulatórias, uso de alguns medicamentos e alterações hormonais são algumas das causas possíveis. No entanto, algumas pesquisas comprovam que o estilo de vida também pode afetar a fertilidade feminina.
A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), por exemplo, publicou, em um artigo, diversas considerações sobre estilo de vida e fertilidade.
Estudos mostram que os índices de fertilidade são menores entre mulheres obesas ou excessivamente magras. No caso de pacientes obesas, o metabolismo de hormônios esteroides fica desregulado, provocando alterações ovulatórias, desregulando a menstruação e até mesmo aumentando a chance de abortos espontâneos. Já as pacientes abaixo do peso sofrem uma diminuição na produção de estrogênio, o que também afeta a ovulação e o ciclo menstrual.
Essas alterações são causadas por dietas disfuncionais e incorretas, que podem acarretar não apenas em problemas de fertilidade, como também em uma possível queda na qualidade de vida, afetando a saúde da paciente. Assim como é importante evitar o excesso de peso, também é essencial que a mulher evite exageros na busca por um “corpo perfeito”.
No entanto, mudanças em uma dieta considerada balanceada e adequada não apresentam comprovações de eficácia para aumentar a fertilidade. Alterar a alimentação e alguns hábitos pode trazer grandes benefícios para quem tem problemas de ovulação, mas em casos normais, ainda são poucas as evidências de que uma dieta específica – como o vegetarianismo, dietas low fat, uso de antioxidantes ou uma dieta rica em vitaminas – possa aumentar a chance de uma gravidez.
Mas é preciso atenção: alguns hábitos podem, sim, interferir na saúde e na fertilidade da mulher – e do homem.
Tabagismo
O fumo é altamente contraindicado para quem está tentando aumentar a família. E não apenas por todas as questões de saúde, mas também devido ao aumento significativo da infertilidade e de complicações na gravidez. Uma mulher que fuma um maço de cigarros por dia tem a fertilidade reduzida em até 25%, sendo que a estimativa pode ser ainda maior para mulheres que fumam dois maços ou mais. Já o homem fumante tem três vezes mais chance de sofrerem de infertilidade do que os não-fumantes.
Caso a gravidez de fato ocorra, o feto pode ser prejudicado e pode haver várias complicações, como gravidez ectópica (nas tubas uterinas) e aumento do risco de aborto.
Alcoolismo
O efeito do alcoolismo na fertilidade feminina ainda não é claro. Mas, alguns estudos apontam que o risco de infertilidade pode aumentar em mulheres que consomem duas ou mais unidades de bebida alcoólica por dia. Por outro lado, algumas pesquisas apresentam benefícios que o vinho pode trazer às mulheres que estão tentando engravidar – em quantidades moderadas, claro.
Mas é importante destacar que, em situação alguma, doses elevadas de álcool são indicadas, ainda mais quando a mulher está tentando engravidar. Além disso, o consumo deve ser suspenso durante a gestação, pois o álcool tem efeitos maléficos comprovados para o desenvolvimento do feto.
Cafeína
Altos níveis de cafeína (mais de cinco copos de café por dia, aproximadamente) têm sido associados a uma queda na fertilidade. Durante a gestação, consumir altos níveis de cafeína também pode aumentar o risco de aborto, apesar de não afetar o desenvolvimento de anomalias.
Além disso, é importante sempre ter atenção ao bem-estar e à qualidade de vida da mulher que está tentando ter um filho. Um cotidiano estressante pode afetar a fertilidade e a libido feminina, e a própria ansiedade pela gravidez também pode atrapalhar a concepção. Por isso, é sempre importante investigar qual pode ser a causa que pode estar atrapalhando o casal.