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Preservação da fertilidade

Gravidez tardia não teria influência na saúde mental do feto


Novo estudo espanhol busca rebater mitos da maternidade após os 35 anos

Não é novidade alguma que as mulheres têm postergado a hora de engravidar. Mas além da dificuldade de gerar um filho após os 35 anos, muitas delas temem que essa escolha possa trazer problemas à criança. Um estudo espanhol divulgado neste ano mostra que essa preocupação talvez possa ser reduzida.
Segundo os pesquisadores, a idade materna avançada – igual ou superior a 35 anos – não influencia na capacidade cognitiva das crianças. O estudo, publicado na edição de fevereiro do International Journal of Epidemiology, contou com a análise da habilidade cognitiva em crianças com 10 anos, geradas por mulheres naquela faixa. Os especialistas compararam três grandes estudos realizados na Inglaterra nos anos de 1958, 1970 e 2000 a 2002, com amostras de 10 mil crianças cada.
Outros aspectos
Apesar das boas notícias para as mulheres, é interessante destacar que, de fato, a fertilidade feminina reduz consideravelmente após os 35 anos. Por isso, é fundamental que a mulher faça seu planejamento familiar e reflita sobre o desejo de gerar um filho, mesmo que no futuro.
No estudo espanhol, os pesquisadores ressaltaram que o ambiente socioeconômico também é agravado pela fertilidade. Ou seja, o ritmo de trabalho das mulheres estaria também as estigmatizando como “menos enérgicas” e “mais cansadas”.
Nesse ponto, é essencial romper com um novo tabu e reforçar o poder de escolha da mulher como primeiro no processo da maternidade. Caso ela decida ter filho, o congelamento de gametas ainda jovem e a fertilização quando assim desejar e estiver em condições de saúde para tal, se ela tiver recursos para tal.