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Técnicas de reprodução assistida precisam ser repassadas à paciente, que poderá decidir pelo congelamento de gametas e fertilização, após o tratamento

Mulheres com câncer de mama podem sonhar em ser mãe? Com as técnicas de reprodução assistida, a medicina responde positivamente a essa pergunta. Mas, antes de tudo, a paciente, ainda em idade fértil, diagnosticada com a doença, precisa ser orientada sobre suas alternativas para ser mãe após o tratamento.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, por exemplo, realizaram um estudo que atesta a importância desse aconselhamento sobre fertilidade da mulher com câncer, apontando como isso eleva a qualidade de vida da paciente.

Câncer de mama é o mais comum

O câncer de mama é o tipo de tumor maligno que mais acomete as mulheres no Brasil e no mundo, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima quase 60 mil novos casos no país em 2018.

Apesar de ser relativamente raro antes dos 35 anos, o câncer assusta a mulher que recebe a notícia. Por isso, aconselhar a paciente e orientá-la sobre congelamento de gametas, por exemplo, é papel fundamental do médico que a acompanha.

Como a paciente será submetida a tratamentos que podem ter impacto na fertilidade, como quimioterapia, o congelamento de gametas (criopreservação) é uma alternativa que deve ser ofertada à mulher o quanto antes. O procedimento é feito por meio da indução da ovulação, que possibilita a coleta dos óvulos. Essa indução é feita com medicamentos seguros.

O óvulo é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado fica armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indeterminado.

Planejamento da gravidez

O congelamento de gametas é uma alternativa que pode ser considerada por mulheres, independentemente de seu estado civil. Casada, em relacionamento estável ou não, a mulher pode optar pelo recurso. E, depois, em plenas condições de saúde e em uma fase da vida em que deseja engravidar, ela pode recorrer ao parceiro ou doador anônimo, para passar pelo processo de fertilização in vitro (FIV) – ou seja, em laboratório.