O avanço da medicina e da tecnologia trouxe nova esperança às pessoas com problemas de infertilidade. Por meio das técnicas de reprodução assistida (RA) que foram desenvolvidas nos últimos anos, essas pessoas podem realizar o sonho de ter um bebê.
Para ocorrer uma gravidez, é necessário que haja o encontro do óvulo com o espermatozoide. Basicamente, o que a RA faz é promover esse encontro em clínica especializada, de forma artificial.
O auxílio da ciência permitiu ainda que mulheres solteiras e que desejam ter um filho, possam se tornar mães de forma independente. Além delas, casais homoafetivos também se beneficiam das técnicas de reprodução assistida.
Vamos entender quais são elas e como funcionam? Continue a leitura desse artigo.
Afinal, o que é a reprodução assistida?
A reprodução assistida reúne diferentes tipos de técnicas para ajudar pessoas no processo de fecundação.
Elas podem ser divididas em duas categorias: as de baixa complexidade, inseminação artificial, e as de alta complexidade, fertilização in vitro (FIV).
É importante saber que ambos os métodos têm grandes chances de sucesso, mas diversos fatores podem interferir, como a idade da mulher, doenças genéticas, saúde, hábitos de vida, dentre outros. Por isso, somente um médico especialista e experiente poderá indicar qual a técnica mais indicada para cada caso.
Conheça as técnicas de reprodução assistida mais comuns
1. Relação sexual programada
Nessa técnica, a mulher recebe um tratamento que estimula o desenvolvimento dos folículos, bem como faz a indução da ovulação. Em seguida, a orientação é para que o casal tenha relações sexuais nas próximas 36 horas, por isso a técnica também é conhecida como coito programado.
2. Inseminação Intrauterina Artificial (IIU)
A inseminação artificial é uma das técnicas mais comuns. É considerada de baixa complexidade por manipular somente um dos gametas, o espermatozóide. Por se tratar de procedimento simples, sequer exige internação.
Na IIU, a mulher recebe aplicações diárias de hormônios em clínica especializada para estimular a produção de óvulos. O sêmen é coletado e beneficiado em laboratório. Após a seleção, os espermatozoides são injetados diretamente no útero da mulher por meio de um cateter, para que a fecundação ocorra naturalmente.
Há duas formas de inseminação intrauterina: utilizando o sêmen do próprio parceiro
da paciente ou de doadores de um banco de gametas.
3. Fertilização in vitro (FIV)
Já a fertilização in vitro apresenta maior complexidade, pois a fecundação ocorre em ambiente artificial, ou seja fora do corpo humano.
Na técnica de fertilização in vitro, ocorre o mesmo processo prévio de estimulação ovariana. O óvulo é retirado através de uma punção e fecundado por espermatozoides selecionados. O óvulo é, então, mantido em estufa sob a mesma temperatura do corpo feminino. Após o desenvolvimento embrionário, o embrião é introduzido no útero da mulher.
O processo todo dura em torno de 15 dias e não é necessária nem internação, nem
anestesia.
Essa técnica costuma ser indicada para casos mais graves, como obstrução de tubas uterinas, por exemplo, ou ainda taxas muito baixas de espermatozoides.
4. Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)
FIV
Esse método é uma variação da FIV tradicional, mantendo os mesmos procedimentos iniciais, como a estimulação, aspiração, coleta e cultura dos espermatoizes.
A diferença está no momento de injeção do espermatozoide. Nesse caso, ele é colocado dentro do óvulo através de uma microagulha.
Em geral, essa técnica é recomendada para casos em que o problema de infertilidade masculina é mais grave ou a idade da mulher é mais avançada.
5. Doação de gametas
Seja por idade ou por algum problema de saúde, a doação de gametas é recomendada para mulheres incapazes de produzir seus próprios óvulos.
Óvulos e espermatozóides são doados por voluntários e mantidos em um banco de
gametas. A doação deve ser feita de forma anônima e não pode visar lucro, de acordo com resolução do Conselho Federal de Medicina.
No caso da doação de óvulos, eles são unidos aos espermatozoides do parceiro em laboratório para formar embriões (técnica de fertilização in vitro). Para os casos em que o parceiro é infértil, recorre-se à doação de espermatozóides para fecundação do óvulo na própria mulher.
Conclusão
A gravidez tardia, que antes era vista como algo impossível de acontecer, tem se tornado cada vez mais comum. Assim, as técnicas de reprodução assistida representam a solução ideal para casais ou mulheres com problemas reprodutivos e que desejam ter filhos.
Para entender melhor seu quadro e saber qual o tratamento indicado procure uma clínica ou médico especialista. A escolha da técnica dependerá do grau de complexidade do problema e avaliação do histórico familiar.
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