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Mulheres que possuem o que chamamos de baixa reserva ovariana, ou seja, apresentam quantidade reduzida de óvulos ou quando eles têm baixa qualidade, podem contar com a alternativa de doação de óvulos, ovodoação, para conseguirem realizar o sonho de engravidar.

Embora seja mais comum em mulheres com mais de 35 anos, até mesmo as mais jovens podem apresentar o quadro. A reserva de óvulos pode ser afetada ainda por cirurgia, como a remoção de cistos e tumores ou com o uso de determinados medicamentos como na quimioterapia.

Quem também pode se beneficiar com a doação são casais homoafetivos e aqueles que apresentam riscos de produzir embriões defeituosos.

Mas como ela funciona? Quem são as doadoras? O procedimento é seguro? Continue lendo este artigo e saiba mais!

  • Como ocorre a doação de óvulos?

Em geral, a doação é feita por mulheres voluntárias e o procedimento de coleta dos óvulos ocorre ao mesmo tempo em que a receptora inicia o tratamento para preparar seu útero que receberá o embrião.

Quem doa recebe medicamentos, injeções subcutâneas, para indução da ovulação a partir do início do ciclo menstrual. Passados alguns dias, é realizado o procedimento de aspiração, por meio de uma agulha que é aplicada dentro da vagina da mulher, de forma a aspirar o líquido folicular contendo os óvulos.

Depois disso, o processo é o de fertilização in vitro, utilizando os espermatozoides do parceiro da receptora ou de um doador.

  • Quem pode doar?

Para garantir que sejam óvulos saudáveis, a doação é permitida a mulheres com menos de 35 anos de idade e sem antecedentes de doenças hereditárias, como cânceres, ou outros problemas de saúde.

No Brasil é permitido o que chamamos de doação compartilhada. Mulheres já em tratamento de reprodução assistida, mas sem condições de continuar arcando com as despesas, cedem parte de seus óvulos. Em contrapartida, metade do seu tratamento é pago por quem os recebe.

  • É possível saber a identidade da doadora?

A lei brasileira determina que qualquer doação seja feita de forma anônima e sem caráter comercial. Isso quer dizer que não é possível saber quem doou o óvulo ou para quem ele será doado.

Em busca de uma maior compatibilidade, é dada à receptora acesso somente às características físicas e aos gostos pessoais da doadora. O restante dos dados é mantido em sigilo.

  • Há riscos para quem doa ou quem recebe?

Como em qualquer outro procedimento, é importante conhecer os riscos. A mulher que doa os óvulos passa por uma estimulação dos ovários com medicamentos, podendo ocasionar a Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO). Com a maior produção do hormônio estradiol, há uma desregulação dos ovários com liberação de substâncias diversas que podem levar a complicações no organismo.

Já para a receptora, os riscos são aqueles de uma fertilização in vitro. Pode ser que não ocorra a implantação do embrião ou, mesmo que ocorra a implantação, a gravidez pode terminar em aborto. Pode haver também uma gravidez ectópica, que ocorre quando o embrião se desenvolve fora do útero.

Outra possível consequência é a de gravidez de gêmeos, já que há transferência de mais de um embrião.

O óvulo é a célula reprodutora feminina e, portanto, imprescindível para ocorrer uma fecundação. Para casais com problemas de fertilidade, com abortos de repetição, homoafetivos ou aqueles com alterações genéticas que podem gerar embriões defeituosos, saber que é possível receber a doação de óvulos de outra mulher pode ser a solução tão esperada!

Para entender o seu caso, tirar dúvidas e aumentar as chances de uma gravidez segura, o mais recomendado é conversar com um especialista em reprodução humana.