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Quando o procedimento de Fertilização in Vitro (FIV) não dá certo, vale a pena uma segunda tentativa? Essa é uma das perguntas que quem está tentando engravidar considera bastante quando vai passar pelo tratamento.

Quando se trata do sonho de carregar o tão aguardado bebê em seus braços, as expectativas são realmente altas. A dificuldade para engravidar aumenta o tempo de espera e faz, também, crescer a ansiedade e o medo com relação à infertilidade.

No caso das pessoas que recorrem às técnicas de reprodução assistida, como a FIV, o sucesso pode vir na primeira tentativa, trazendo logo a alegria do primeiro filho. Mas nos casos em que a Fertilização in Vitro não resulta em gravidez, surge a dúvida: devo desistir?

Ao longo desse texto, vamos ajudar você a encontrar a resposta para essa pergunta, oferecendo algumas explicações sobre esse e outros tipos de tratamento. Acompanhe!

O que esperar da FIV

Antes de falar se vale a pena uma segunda tentativa de FIV, é importante que você tenha um bom alinhamento de expectativas com o especialista que está te acompanhando.

Em outras palavras, quem está tentando engravidar deve ter em mente que nem sempre o resultado vem de primeira, pois há diversos fatores que podem interferir no tratamento. Nesses casos, é preciso uma dose extra de confiança, paciência e determinação.

Taxa de sucesso da FIV

Algo importante de ressaltar aos pacientes que fizeram ou pretendem fazer tratamento para engravidar é que as taxas de sucesso podem chegar a 60% para a realização do procedimento de Fertilização in Vitro. Essas informações são do Congresso da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva de 2019.

Mas, para saber se a repetição da FIV é aceitável no seu caso, é fundamental fazer um acompanhamento individualizado para identificar o que pode ter contribuído para a falha no primeiro tratamento.

Somente após essa avaliação é que valerá a pena partir para a segunda tentativa. Do contrário, o processo pode não apenas impactar o orçamento do casal, como também aumentar a angústia da paciente e levar a uma possível nova frustração.

Por que a FIV pode não dar certo

A primeira questão que os pacientes devem entender é que a medicina considera que o tratamento foi bem sucedido quando leva a um bebê nascido-vivo saudável, excluindo as taxas de aborto e má formação.

Muitos fatores contribuem para a falta de êxito na gestação, mas eles podem não ter relação com o tratamento de FIV em si. Alguns dos mesmos fatores que favorecem a fecundação natural influenciam no sucesso de uma Fertilização in Vitro. São eles:

  • Idade da mulher, isto é, quanto mais avançada, menores são as chances de sucesso;
  • Número e qualidade de óvulos, ou seja, a reserva ovariana;
  • Qualidade dos espermatozoides, que pode ser avaliada por exames como o espermograma;
  • Dificuldades de implantação do embrião – fecundação e nidação são processos diferentes, ou seja, o óvulo pode ser fertilizado, mas o embrião pode não se implantar na cavidade uterina.

Ao fazer a avaliação, o especialista poderá levantar algumas hipóteses sobre o que pode ter acontecido no tratamento de FIV e sugerir possíveis soluções. Alguns fatores relevantes são:

Qualidade dos gametas

Ao suspeitar de má qualidade dos gametas, tanto femininos quanto masculinos, o médico especialista em reprodução humana pode, em situações extremas, indicar aos pacientes o uso de óvulos e/ou espermatozoides doados anonimamente para a FIV.

Transferência do embrião

Caso os embriões transferidos sejam de boa qualidade e o útero não apresente alterações visíveis, ainda assim pode haver uma possibilidade de dificuldade na implantação dos embriões.

É importante reforçar que caberá ao médico avaliar o melhor momento para a transferência embrionária. Ela pode ser feita a partir do chamado D3, que representa o dia 3 da fecundação em laboratório.

Por volta do D5, o embrião já se encontra em estágio de blastocisto, que é quando apresenta maior número de divisão celular. Essa é a fase em que, numa concepção natural, ele deve se implantar na cavidade uterina. Mas, na FIV, transferir em D3 ou em outra fase é uma decisão da equipe médica, conforme a análise cuidadosa de diversos fatores.

Caso na primeira tentativa tenha sido identificado algum problema com a implantação, algumas opções de tratamento podem ser indicadas para aumentar as chances para a FIV funcionar da próxima vez.

Saúde da mulher

Se a saúde da mulher estiver comprometida, de alguma forma, é preciso que ela se cuide primeiro para, então, realizar uma nova tentativa de tratamento para engravidar. Por exemplo, pacientes com sobrepeso ou obesidade são aconselhadas a contar com um acompanhamento nutricional adequado. De uma forma geral, manter uma alimentação e uma rotina saudáveis ajuda a equilibrar os hormônios e diminui os riscos para uma gravidez.

Como funciona exatamente a FIV

A Fertilização in Vitro é um método de reprodução em que os espermatozoides são colocados em contato com os óvulos no laboratório. Ela é indicada para casais que apresentam infertilidade em diferentes graus e causadas por diversos fatores.

Em muitos casos, a FIV conta com um processo chamado de Injeção Intracitoplasmatica de Espermatozoide (ICSI), uma técnica que injeta o espermatozoide diretamente no óvulo, fazendo assim a fecundação.

Em linhas gerais, os passos básicos para um procedimento de FIV são:

  • Estimulação ovariana (com controle de quando a mulher está ovulando);
  • Coleta do óvulo por meio de uma punção ovariana;
  • Inseminação do óvulo;
  • Cultura de embriões;
  • Transferência de embriões.

Persistência e paciência no tratamento

A vida é feita de recomeços, inclusive para quem está tentando engravidar de forma natural. Ou seja, pessoas em tratamento da infertilidade podem enfrentar problemas ao longo do caminho, mas isso não significa que o sonho é impossível.

A FIV é uma das técnicas mais indicadas em todo mundo, exatamente pelas excelentes taxas de nascimentos decorrentes dela. A probabilidade de o resultado ser positivo na primeira tentativa vai depender da saúde e das condições de cada casal.

O importante é não desistir de ter um bebê, se esse for o seu sonho, e fazer acompanhamento em uma clínica de reprodução com profissionais especializados e devidamente capacitados. Isso vai promover a sua segurança e confiança para realizar a segunda ou terceira tentativa.

Com transparência e diálogo, os profissionais da medicina reprodutiva vão levar em conta todas as suas possibilidades, inclusive a situação financeira de cada paciente. Se não for possível investir na mesma técnica, há outros caminhos que poderão ser analisados.

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