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Muitas das tentantes, após meses ou anos de frustração, se deparam com a realidade de ter que conhecer a fundo todo o caminho que leva a uma gravidez. A nidação é uma dessas partes importantes envolvidas no processo para a realização do sonho, mas não tão conhecida por todas as pacientes.

Desde muito cedo, aprendemos que, para engravidar, o óvulo precisa ser fecundado pelo espermatozoide, certo? Mas, para muitas mulheres que enfrentam a infertilidade, o processo, aparentemente simples, esconde algumas barreiras e até mistérios que dificultam no resultado positivo.

E, nas consultas com o médico especialista em reprodução assistida, as pacientes ouvem diversas terminologias, como ovulação, fecundação e nidação, todas essenciais para quem está tentando engravidar, naturalmente ou por meio de técnicas da medicina reprodutiva.

Para entender que a gestação vai além do processo de fecundação, continue a leitura do texto!

Como é o processo de fecundação

O objetivo desse texto é fazer com que você compreenda o que é nidação, mas é preciso relembrar os caminhos de uma fecundação, em primeiro lugar.

Em condições normais de saúde, a mulher em idade fértil tem um ciclo menstrual que dura aproximadamente 28 dias. No primeiro dia da menstruação, o corpo da mulher vivencia o início de um novo ciclo – que deverá ser observado atentamente, caso seu objetivo seja engravidar naturalmente.

O período menstrual é a fase em que o endométrio (parede uterina) descama. Após essa etapa, o organismo feminino caminha para a fase que irá culminar na ovulação e, para isso, os hormônios femininos atuam para que os folículos ovarianos cresçam.

Calendário do período ovulatório
Calendário período ovulatório

Período ideal para a fecundação

Nesse processo de amadurecimento dos folículos, é chegada a fase ovulatória, em que, por volta do 14° dia do ciclo, o óvulo é liberado pelo folículo. A tuba uterina irá captar o óvulo liberado pelo ovário e, neste local, o espermatozóide deverá encontrar o óvulo e, assim, ocorrer a fecundação.

Este é o período que podemos chamar de fértil, pois é quando a mulher tem mais chances de engravidar. Geralmente, a duração é de 24 a 48 horas apenas, mas existe a chamada janela fértil, em que considera-se alguns dias antes e depois da ovulação e que podem possibilitar uma gravidez natural.

Como é o processo de nidação

Em meio ao ciclo menstrual, mais precisamente na fase de ovulação, o corpo vai se preparando para abrigar os gametas que se uniram na trompa.

Em outras palavras, por ação hormonal, a parede uterina vai ganhando espessura e condições ideais e, então, o óvulo se desloca para a cavidade uterina, onde deverá se fixar no endométrio.

Esse é o processo de nidação, também chamado de implantação. Ainda que a fecundação seja primordial, a gestação só começa efetivamente quando ocorre essa fixação. Ou seja, a confirmação da gravidez se dá justamente quando o óvulo fecundado está fixo no útero.

Gravidez ectópica

É importante ressaltar que, em alguns casos, o embrião não implanta no útero e, assim, podemos ter um quadro quadro chamado de gravidez ectópica. O local mais comum onde ocorre a gravidez ectópica são as trompas, mas o embrião pode se fixar em outros locais também, como nos ovários.

Como esse local é inapropriado, a gestação não progride adequadamente, oferecendo risco para a gestante. Pode acontecer um aborto espontâneo, ou mesmo haver a necessidade de tratamento clínico ou intervenção cirúrgica.

Características da nidação 

Em situações normais, depois que o óvulo é fecundado, o processo de nidação ou implantação na cavidade uterina leva, em média, sete dias, mas pode levar um pouco mais de tempo – até 10 dias, em certos casos.

Ao longo do período, raramente, algumas mulheres podem apresentar pequenos sangramentos e cólicas. Mas esse sintoma não acontece com todas, então, não é indicado que as pacientes esperem por esse sinal especificamente.

Dificuldade de fixação após fecundação

Algumas tentantes conseguem ter sucesso na fecundação, mas enfrentam dificuldades exatamente na fixação do embrião. As causas que impedem a nidação são diversas, como alterações hormonais, inclusive de tireoide, entre outras que prejudicam o desenvolvimento ideal do endométrio.

Doenças como endometrite, endometriose e sinéquias uterinas podem ajudar a explicar esse problema, mas apenas o médico especialista em reprodução humana será capaz de identificar a causa e avaliar as possíveis soluções.

Vale ressaltar que nem sempre é possível determinar o fator que impede a nidação, ou a própria infertilidade, seja da mulher ou do parceiro, ou de ambos. Ainda assim, existem técnicas da medicina reprodutiva que podem ser usadas.

Nidação na reprodução assistida

Nos casos das pacientes que precisam recorrer à reprodução assistida para engravidar, o processo de nidação continua igualmente importante. Das técnicas mais simples às mais complexas, a implantação é o que irá determinar o começo da gravidez.

Para exemplificar, na Fertilização in vitro (FIV), a fecundação do óvulo pelo espermatozoide é feita em laboratório, fora do corpo da paciente. Mas, para que a gravidez ocorra, é necessário que o embrião transferido para o útero se implante.

Em outras palavras, é essencial haver um ambiente ideal para que a gravidez mantenha seu curso após a transferência embrionária.

Acompanhamento da nidação por meio de exames

Cabe ao especialista em reprodução humana traçar o melhor plano para cada paciente, levando em conta as particularidades do caso e a aplicação de exames.

Tentantes devem procurar ajuda médica

As mulheres que desejam engravidar, mas estão há mais de 12 meses sem conseguir o tão sonhado positivo, devem procurar um especialista em reprodução humana. Caso a paciente tenha mais de 35 anos, a orientação é que procure ajuda após 6 meses sem conseguir engravidar.

A explicação para isso é o fato de a idade influenciar consideravelmente na reserva ovariana.

Portanto, é primordial contar com a ajuda médica para entender as causas da infertilidade e, assim, os caminhos para tratá-la.

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